A ventilação mecânica é um dos pilares do suporte à vida em pacientes com insuficiência respiratória.
Compreender seus parâmetros é fundamental para garantir uma oxigenação adequada, evitar lesões pulmonares e otimizar o desmame ventilatório.
Esses ajustes variam conforme a condição clínica, o tipo de ventilador e o objetivo terapêutico de cada caso.
Volume corrente
O volume corrente é a quantidade de ar ofertada a cada ciclo respiratório.
Ele deve ser calculado de acordo com o peso predito do paciente e não com o peso real, evitando o risco de hiperdistensão alveolar.
Em pacientes com síndrome do desconforto respiratório agudo, o volume corrente costuma ser ajustado entre 4 e 6 ml/kg para reduzir lesões induzidas pelo ventilador.
Frequência respiratória
A frequência respiratória define quantas vezes o ventilador entrega o volume corrente por minuto.
O ajuste inadequado pode causar hipercapnia ou hipocapnia, comprometendo a ventilação alveolar.
O ideal é equilibrar essa taxa com o volume corrente e a sensibilidade do paciente, garantindo conforto e sincronia com o aparelho.
Pressão inspiratória e PEEP
A pressão inspiratória máxima indica o esforço necessário para insuflar os pulmões.
Já a PEEP (Positive End-Expiratory Pressure) mantém os alvéolos abertos ao final da expiração, prevenindo colapsos e melhorando a troca gasosa.
O controle dessas variáveis requer atenção constante, pois pressões excessivas podem causar barotrauma.
Em meio a essa dinâmica de pressão e fluxo, também é importante compreender o que é tensão, já que ela está diretamente relacionada à força exercida sobre as estruturas pulmonares e influencia a integridade dos tecidos durante a ventilação.
Fração Inspirada de Oxigênio (FiO2)
A FiO2 corresponde à porcentagem de oxigênio ofertada ao paciente.
O objetivo é manter uma saturação adequada com o menor valor possível, reduzindo o risco de toxicidade por oxigênio.
Ajustes graduais e monitoramento contínuo da gasometria arterial ajudam a avaliar a eficácia da oxigenação e a necessidade de alterações.
Estratégias de Desmame Ventilatório
O desmame ventilatório é o processo de retirada progressiva do suporte mecânico até que o paciente recupere a respiração espontânea.
Envolve avaliar força muscular, estabilidade hemodinâmica e controle do drive respiratório.
Técnicas como o modo espontâneo e o teste de respiração espontânea auxiliam na transição segura, reduzindo o tempo de ventilação e complicações associadas.

